Luís de Camões
                                “Alma minha gentil, que te partiste.”
Alma minha gentil, que te
partiste.
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu lá na terra sempre
triste.
Se lá no assento Etéreo, onde
subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor
ardente
Que já nos olhos meus tão puro
viste.
E se vir que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de
perder-te,
Roga a Deus, que teus anos
encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver
te,
quão cedo de meus olhos te levou.
Resenha: Soneto “Alma minha
gentil, que te partiu”- Camões.
O eu-lírico fala do seu ser amado que, precocemente
partiu para repousar no céu eternamente, deixando- o aqui na terra muito
triste.
Na sua lembrança ficou o seu amor, ardente e puro ao mesmo
tempo, que lhe trouxe toda a dor e magoa que ela deixou quando partiu tão cedo.
 Tudo que era
relacionado à amada era aceito por ele, inclusive a própria morte, ou seja, ele
pede à amada rogar a Deus por ele, para que tenha a oportunidade de ver o olhar
novamente dela,acabando assim com seu sofrimento.
O seu amor é eterno, e após a morte da amada, torna-se uma
tortura sua vivência sem ela na terra . 
Bibliografia:
Coleção literatura portuguesa. 
Nenhum comentário:
Postar um comentário